Para além do secretariado, sou uma entusiasta dos assuntos relacionados à educação. Gosto de perceber o desenvolvimento do indivíduo e a construção de sua trilha de formação. O ambiente educacional é amplo e repleto de idiossincrasias. Cada aluno possui singularidades que devem ser contempladas em sua jornada de formação.
É notório que para contemplar as necessidades do mercado, as pessoas busquem aprender e se desenvolver constantemente. E nessa euforia do mercado, surgem cursos que denominei de “Fast Education”, sim, um termo inglês para contemporizar com a “embromation” que estes cursos produzem.
Por mais que a legislação permita e que se tenha um certo cuidado na abertura destes cursos, a discussão aqui será direcionada ao que se tem ensinado dentro dessas salas de aula e uma orientação a você que busca uma formação.
O Fast Education normalmente não tem uma preocupação entre o educacional e o pedagógico, ou seja, você cumpre pequenas metas, normalmente relacionadas a carga horária, para obtenção do seu certificado; as matrizes curriculares tornam-se desconexas, distanciando-se do normalmente estimulado prática e teoria.
Particularmente falando das formações em secretariado, além do cuidado com a escolha da escola e a forma de aprendizagem, também devemos nos atentar aos conteúdos disponibilizados. Conteúdos teóricos devem ter consistência, pois compreende-se que essa também é uma forma de tornar a profissão mais científica. Se, os docentes em secretariado não têm uma percepção da formação contínua, pode ser que estejam apenas fazendo coro a falácias profissionais.
Se extrapolarmos o conceito de educação, perceberemos que não se restringe a salas de aulas, mas sim a processos organizacionais que são a criação de uma aprendizagem contínua, ou educação continuada, atingindo o próprio recurso intelectual e pessoal (Esteves e Meiriño, p.02, 2015). Por assim pensarmos e também por considerar que as certificações têm valor no mercado de trabalho, faz-se necessário algumas percepções quanto a escolha de cursos. Seguem algumas sugestões:
1. Alinhe seus objetivos pessoais. Reflita e verifique antes de escolher sua trilha de formação. Quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve. 2. Pesquise a escola na internet, veja os comentários; 3. Pergunte a ex-alunos. 4. Em caso de cursos à distância verifique se o curso possui alguma matriz disponível para visualização; pergunte se os tutores direcionam os conteúdos; se há algum tipo de avaliação e como é feita; pesquise sobre a mediação feita pelos tutores; verifique se há um polo de apoio presencial. Volto a dizer que ter algumas certificações podem fazer sentido, pois vivemos em mercados que ainda cobram um “currículo” formal, porém na evolução do mundo, o aprendizado constante e vinculado poderá valer muito mais, pois o aprendizado é cíclico e não mais linear. O futuro chega e ele procura alguém: espero que seja você! Referências ESTEVES, L. P; MEIRINO, M. J. A educação corporativa e a gestão do conhecimento. XI Congresso Nacional de Excelência em Gestão. 2015. Disponível em: .Acesso em: 22 set. 2017. Texto: Michelle Soares Revisão: Pâmela Mezzomo
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